Dia dos Namorados
- rannison rodrigues
- 12 de jun. de 2021
- 3 min de leitura

Ah, o dia dos namorados! As timelines apinhadas de casais felizes, de corações, declarações de amor. Que maravilha! De repente, as pessoas param alguns momentos para declarar seu sentimento, comemorar a vida e reconhecer aquela pessoa tão importante. Porque só com ela todo lugar é casa, todo tipo de situação fica melhor, tudo se ajeita com sua simples presença. Ela se torna aquela força que nos estimula a melhorar, é com ela que nos sentimos entendidos, acolhidos, reconhecidos, amados.
Há quem diga que o dia dos namorados é apenas uma data de estímulo ao consumo. Pode até ser verdade. Mas, você poderia me dizer, no mundo em que vivemos, qual data não é? Nunca fui bom com dia dos namorados, confesso. Para mim o que importa é a presença, a parceria, a gargalhada compartida. Essa coisa de presente, sinceramente, nunca me convenceu muito. Mas, reservar o momento para algo especial, é necessário.
E não importa quem seja seu par, tenho certeza de que a vida é melhor por tê-lo ao lado. E como eu sei disso? Me deixe compartilhar com você uma ideia. Platão, em O Banquete, descreve um diálogo em que, ao falar do amor, descreve-o como algo que transcende a união sexual, a esfera meramente física. E explica que o amor é “uma coisa” que a alma de um quer da alma do outro. Segundo ele, se o deus ferreiro Hefestos, perguntasse aos amantes qual seu desejo, eles diriam querer se tornar um só, fundidos, transformados dois em apenas um. Para que nem antes e nem depois da morte, suas almas se desunissem. Eu não sei você, mas acho esse pensamento muito bonito.
Vivemos em um tempo em que aparências, dinheiro, promiscuidades de toda espécie e, principalmente, o egoísmo tornou o amor uma espécie de bobagem sentimentaloide. Vivemos o tempo das paixões. Porque o amor parece ter a ver com aquilo que você quer dar, enquanto as paixões parecem ter relação com aquilo que se quer receber. Rita Lee descreve isso com muita beleza na sua música Amor e Sexo. Mas, para mim, um não precisa ser diferente ou oposto ao outro, a não ser, é claro, que o motivo seja diferente. E se for esse o caso, acho que a música poderia se chamar Amor e Paixão.
Quem você ama? Quem ama você? Está aí perto? Será que está longe demais agora para receber um abraço? Deixei para publicar hoje bem tarde de propósito, porque espero que você só leia este texto a partir do dia 13. Aproveite o dia, “Cuide bem do seu amor. Seja quem for.” Se estiver brigado, peça desculpa. Se estiver distante, mande um sinal. E se estiver só na sua memória, se já não for mais possível um abraço, um carinho, uma ligação, sinta a saudade! Lembre dos momentos bons, das risadas, do sexo quem sabe. Mas sinta esse amor. A vida precisa desesperadamente dele, a sua e a de todos à sua volta.
Quando estamos enamorados o mundo parece melhor, a vida parece mais promissora. Ame intensamente, o melhor que puder. E se não puder mais amar seu par, não se detenha. Siga e dê uma chance a vocês dois de encontrar o amor, ele está todo lado. Acredite, há alguém em algum lugar, que é exatamente o que você merece, quer e precisa. Isso não é baboseira, isso não é conversa fiada. Acredite! E sim, você precisa. Amar é uma necessidade humana. E dar amor é uma das coisas mais profiláticas que existe.
Hoje é dia daquele vinho, dia daquele chamego, dia de “fogo no parquinho”. Hoje é dia! Todo dia é dia, mas hoje você tem a desculpa perfeita para ser romântico sem ser julgado. Hoje você tem a deixa ideal para dizer “eu te amo” sem nenhuma razão aparente sem ser acusado de “excesso de melosidade”. Hoje é dia de sentir aquela força que te une a quem você ama. Essa pessoa tão diferente de você, mas que te faz sentir tão diferente de tudo, tão especial. Hoje é dia de pedir ao deus Hefestos para fundir essas coisas que as almas querem tanto um do outro, numa coisa só. Feliz dia dos namorados!
Fera demais... mais um textão... 👏🏻👏🏻👏🏻