O Assassino de sonhos!
- rannison rodrigues
- 1 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Pare de reclamar, você não merece isso! Exatamente, você não merece isso. Porque a pessoa mais prejudicada pelas suas queixas, suas lamentações, é você. Já conheceu alguém que responde a um “Oi, tudo bem?” dizendo “É, vamos levando…” com aquela cara de coitado as 08:00 da manhã? A vida dessa pessoa é difícil, mas não porque o universo seja particularmente injusto com ela. O que aconteceu é que, de tanto reclamar, ela se acostumou a viver naquela realidade árida, arrastada, dolorida. Não faça isso com você mesmo.
Se você tem muitos problemas, pense bem: Reclamar vai resolvê-los? Se sim, vá em frente, lute pelo que precisa. Mas, se não, por que continua reclamando? O que você espera alcançar com isso? Se for solidariedade, porque não pede ajuda, simplesmente? Se for pena, como isso te ajuda? Mesmo que você encontre alguém para resolver o problema no seu lugar, estará apenas se tornando mais fraco, menos capaz de resolvê-lo por si próprio.
Logo, não parece haver muitas vantagens em reclamar por reclamar. Mas a lamúria, o murmúrio, o lamento, o queixume, o “chororô” é o esporte mais praticado no mundo. Todas as idades, todas as nacionalidades, todas as etnias, todas as religiões. Choramingar, por qualquer que seja o motivo, é um vício mais poderoso que o vício em drogas ou álcool. E muito mais perigoso, porque parece inofensivo. Achamos até engraçado, e às vezes, apoiamos e damos força aos lamentos das pessoas mais próximas de nós.
Nos identificamos com a dor alheia. Afinal de contas, somos humanos. Mas apenas compactuar com a reclamação, prejudica o outro e a nós mesmos. Olhe em volta e você vai perceber que há muita gente no mundo que faz da queixa uma carreira, uma filosofia de vida. Se especializa em ser “o coitado”, “o perseguido” e ganha seguidores, admiradores até. Mas o problema é que ao se dedicar às lamúrias, essas pessoas não conseguem apresentar soluções. Olhe bem em volta e você verá reclamadores, seguindo coitados célebres.
Talvez, só de observar isso, já fique mais claro que muito do que você faz que tem relação com isso. Mas, perceba também por que reclama. Aposto que com um pouco mais de reflexão, vai encontrar razões para ser menos pessimista e até para ser um pouco mais grato. Se não conseguir encontrá-las, faça uma experiência: saia do seu mundinho. Tente olhar em volta e note que você não só tem o que precisa, como também pode ajudar outras pessoas.
Se um problema se apresentou para você, pode ter certeza, tudo que é necessário para solucioná-lo está ao seu alcance. Mexa-se. Tome uma atitude e pare de murmurar tanto. Isso é energia gasta à toa. Gastar seu tempo reclamando é como pegar seu dinheiro e jogar numa fogueira. Você faria isso? Pois é, e nada pode ser mais precioso do que o seu tempo de vida. Aplique-o em algo que traga algum proveito para você e para as outras pessoas.
Toda vez que for reclamar, pense consigo mesmo: “Depois de eu reclamar, o problema ainda vai existir?” Se a resposta for sim, não reclame. Ao invés de se queixar, pense no que seria preciso para resolver aquele problema. Talvez você descubra uma solução que ninguém mais seria capaz de conceber, uma razão para a própria vida ou, quem sabe, uma oportunidade de negócio. Só reclamar jamais faria isso por você.
Porque a lamúria assassina a criatividade, aleija a capacidade de realização, embota nossa mente e rouba nossa confiança em nós mesmos. Milhares, senão milhões, de empresas morreram e morrem todos os dias, antes mesmo de nascer, porque alguém preferiu só reclamar, ao invés de fazer algo a respeito do problema. Nossa vontade é como um músculo. Depois de ser exercitada para desempenhar determinado tipo de função, se habitua a atuar daquele jeito. E quanto mais queixoso, mais débil, mais vítima.
Apenas reclamar é confortável demais. Falamos mal dos políticos, mas não fazemos nada para que eles se comportem de maneira mais digna, mesmo sabendo que eles trabalham para nós. É como um patrão, que vê um funcionário agir mal e apenas se queixa, mais nada. Reclamamos da nossa vida, do nosso emprego, do preço das coisas, mas não fazemos nada a respeito. Apenas nos lamentamos, como se fossemos impotentes diante da situação, como se fossemos reféns das circunstâncias. Não somos.
Mesmo que seja desconfortável, solitário, cansativo viver tentando lidar com os problemas da vida, esse é um caminho muito mais recompensador do que vive-la como um barco a deriva, levado ao sabor das ondas. Se você não gosta do seu emprego, tente vê-lo de outra forma, se não puder, encontre outro. Aquilo que você quer, está ao seu alcance. E talvez, lá fora, em algum lugar, tenha alguém sonhando com o seu emprego. Seja bom com essa pessoa, seja bom com você mesmo. Lute pelo que você acredita, conquiste o que você merece. Pare de reclamar, agora!
Se o seu chefe não te agrada, tente entendê-lo, e se observe também. Há algo que você possa fazer para melhorar o relacionamento entre vocês? Não? Então, ótimo. Ele não é o único chefe do mundo. Se respeite, se valorize, confie em si mesmo. Procure um jeito de ser feliz, está nas suas mãos. Se qualifique ainda mais, faça contatos, vá atrás dos seus objetivos. Só reclamar não te leva a lugar nenhum a não ser o fundo do poço. Se erga, se eleve. Pare de reclamar, agora!
O poder de realização dentro de cada um de nós é envenenado pela lamentação, pelo vitimismo, pelo “coitadismo”. Você é capaz de fazer qualquer coisa, então faça. Pare de choramingar e assuma as rédeas da sua própria vida. É você quem constrói a sua realidade, então opte por uma que te faça progredir. Decida sair desse ciclo vicioso, dessa prisão de impotência. Nenhuma derrota poder ser pior do que a que impomos a nós mesmos. Criar soluções está nas suas mãos, você tem tudo o que precisa. Pare de reclamar, agora!

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